BARRETO É UM DOS MAIS AFETADOS POR ALAGAMENTOS EM NITERÓI E MORADORES CRITICAM OBRAS DE MACRODRENAGEM

Chuva forte causa destruição e revolta no Barreto; moradores relatam agravamento após intervenções públicas

Foto: reprodução

Moradores do Barreto, na Zona Norte de Niterói, enfrentaram momentos de desespero na noite de sábado (19), após uma forte chuva com ventos intensos alagar diversas ruas da cidade. O bairro foi um dos mais atingidos, e os relatos de perdas materiais e indignação com obras públicas incompletas ou mal executadas se multiplicam.

A empreendedora Dani Barbosa teve sua casa invadida pela água, que atingiu cerca de 60 centímetros de altura, destruindo móveis, eletrodomésticos, compras do mês e até o carro. Desesperada, ela precisou se abrigar no terraço para se proteger.

“A água entrou pela janela. Minha casa é abaixo do nível da rua. Eu tive que subir para o terraço e via meus vizinhos tentando tirar a água com baldes. Perdi geladeira, bomba de piscina, móveis… Não consigo nem calcular o prejuízo”, contou Dani.

Segundo ela, a situação piorou após uma obra de macrodrenagem na região:
“Fecharam tudo na rua General Castrioto. Antes a água escoava, agora fica toda acumulada. A obra foi mal feita e só agravou o problema.”

O nível do rio que passa pelo bairro subiu rapidamente, obrigando motoristas a subirem nas calçadas para evitar perdas. Sirenes de emergência chegaram a ser acionadas, principalmente no Morro do Boavista, próximo ao local.

A Defesa Civil colocou a cidade em estágio de alerta às 22h15, e dezenas de agentes de diferentes órgãos — entre eles SAMU, Assistência Social e Administrações Regionais — foram mobilizados para atender as áreas mais atingidas.

Vale lembrar que o Barreto foi construído em uma antiga área de mangue, especialmente na região do antigo pátio da Leopoldina, onde ficavam os trens. A ocupação desordenada ao longo das décadas e a falta de infraestrutura adequada contribuem para que os alagamentos se repitam sempre que há chuvas mais intensas.

As obras de macrodrenagem no bairro ainda não foram concluídas, o que aumenta a insatisfação dos moradores diante da vulnerabilidade que enfrentam a cada novo temporal.

Com informações do site: O Informativo