MAFIA DOS CADÁVERES EM SÃO GONÇALO: MAIS UM CORPO DESAPARECE NO CEMITÉRIO SÃO MIGUEL
População atônita com novo caso de sumiço de restos mortais; autoridades seguem em silêncio diante de série de violações
Mais um capítulo revoltante da crise de desaparecimento de cadáveres em São Gonçalo veio à tona nesta terça-feira (3), no Cemitério São Miguel, no bairro de mesmo nome. Desta vez, a família de Jorge dos Santos Ferreira enfrentou o pesadelo de não encontrar os restos mortais do parente, cuja sepultura havia sido violada e ocupada por outro corpo – o de uma mulher, sem qualquer relação com a família.
O caso não é isolado: já são pelo menos três denúncias semelhantes apenas neste ano, levantando suspeitas cada vez mais fortes sobre uma possível máfia de cadáveres atuando na cidade, com conivência do poder público. Mesmo diante da gravidade da situação, a administração do cemitério e a Prefeitura seguem em silêncio, sem oferecer respostas ou soluções concretas.
Os familiares de Jorge compareceram ao local para realizar uma exumação, mas foram surpreendidos com o desaparecimento completo dos restos mortais. Em choque, procuraram a direção do cemitério, que se limitou a dizer que “não sabe o que aconteceu”, em mais um ato de descaso e desrespeito.
“Estamos desesperados, que falta de respeito! O pior de tudo é não darem nenhuma satisfação. Onde está o resto do meu pai? Queremos respostas!”, desabafou o filho da vítima, dando voz à dor de tantas famílias que vivem o mesmo drama.
O que se desenha é um escândalo fúnebre de proporções revoltantes, com falhas graves na fiscalização, ausência de controle sobre sepultamentos e desaparecimentos constantes de cadáveres. A omissão da administração do Cemitério São Miguel é evidente, e a falta de ação da Prefeitura de São Gonçalo escancara o abandono institucional em um tema de extrema sensibilidade.
A população, já descrente da atuação das autoridades, exige uma investigação urgente, transparente e rigorosa. O silêncio cúmplice não pode mais ser tolerado. São Gonçalo precisa de respostas – e de justiça.
A polícia civil, segue investigando o caso.
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