Aluguel em Niterói Dispara e Assusta Moradores: Veja os Bairros Mais Caros e os Mais Acessíveis
Mercado imobiliário em Niterói registra aumentos expressivos; Icaraí lidera ranking dos aluguéis mais altos, enquanto Barreto e Fonseca oferecem opções mais baratas
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| Foto: reprodução |
Preços de aluguéis crescem em Niterói, e moradores buscam alternativas mais acessíveis fora da Zona Sul da cidade.
O preço do aluguel em Niterói tem assustado moradores e provocado uma mudança no perfil da busca por imóveis. Nos últimos doze meses, bairros como Icaraí, Charitas e São Francisco registraram um aumento médio de até 20% no valor dos aluguéis, segundo dados levantados em plataformas como Zap Imóveis e OLX. A valorização acelerada, impulsionada pela procura por imóveis bem localizados e com infraestrutura de lazer e segurança, está afastando famílias e jovens que buscam moradias com preços mais acessíveis.
Atualmente, um apartamento de dois quartos em Icaraí pode ultrapassar os R$ 3 mil mensais, sem contar as taxas de condomínio e IPTU. Já em Charitas, o aluguel de imóveis com vista para o mar chega facilmente à faixa dos R$ 4 mil. São valores considerados elevados mesmo para pessoas com renda mediana.
Enquanto isso, bairros como Barreto, Fonseca e Engenhoca têm sido os mais procurados por quem busca economia sem sair da cidade. Nesses locais, ainda é possível encontrar apartamentos entre R$ 1.200 e R$ 1.800, o que tem atraído principalmente trabalhadores, estudantes e pequenos comerciantes.
A disparidade de preços tem gerado debates sobre a segregação espacial em Niterói, onde o acesso à moradia próxima ao centro e às praias se torna cada vez mais elitizado. Em contrapartida, moradores da periferia relatam aumento nos deslocamentos e falta de infraestrutura básica.
“Quem não tem carro sofre. Aqui no Barreto, por exemplo, a condução pra Icaraí ou Charitas é complicada fora dos horários de pico”, afirma a estudante Laura Gomes, que recentemente se mudou com a família para fugir do aluguel alto na Zona Sul.
Imobiliárias relatam aumento na demanda por imóveis compactos, kitnets e apartamentos de um quarto, sinalizando uma mudança no perfil de quem aluga: pessoas solteiras, jovens casais e aposentados que não querem comprometer a renda com financiamento.
A tendência de valorização deve continuar, segundo analistas, especialmente em bairros com infraestrutura consolidada e acesso facilitado à ponte Rio-Niterói. Enquanto isso, cresce o número de famílias que optam por compartilhar imóveis ou se mudar para municípios vizinhos como São Gonçalo, onde o custo de vida ainda é mais baixo.
A desigualdade no mercado de aluguel reforça a urgência de políticas públicas de habitação e incentivo à locação social. Morar em Niterói, cidade referência em qualidade de vida, está se tornando um privilégio cada vez mais caro.

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