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MANCHETE SPINGRV

NO ÚLTIMO DIA DO ANO, BRASÍLIA GARANTE ÔNIBUS DURANTE TODA A MADRUGADA PARA O RÉVEILLON EM NITERÓI

Linhas 67 e 61 vão operar a noite inteira para atender público da virada em Icaraí A linha 41 não haverá horários especiais, e ultimo carro deverá sair as 23hs do Terminal | Foto: SpingRV Noticias  Com expectativa de 400 mil pessoas no Réveillon de Niterói, empresa Brasília confirma ônibus madrugada adentro em linhas estratégicas. A cidade de Niterói se prepara para uma das maiores festas de Réveillon dos últimos anos. A expectativa da Prefeitura é de que cerca de 400 mil pessoas compareçam à orla da Praia de Icaraí para acompanhar a virada do ano, que contará com shows musicais e estrutura especial de segurança e mobilidade. O palco já está montado na praia e a programação começa antes da meia-noite, com música ao vivo , apresentações de Nando Reis e da cantora Ludmilla . Pouco antes da contagem regressiva, quem assume o comando é a bateria da Unidos do Viradouro , levando o clima de Carnaval para a virada niteroiense. Para garantir o deslocamento do público, a empresa de ônib...

Coluna do Enrico: O que ainda não se encaixou

Filosofia estóica e cotidiano

Foto: Ilustrativa

Há dores que não fazem sentido até que a vida caminhe mais um pouco


 Às vezes, a gente sente uma dor e, além da dor em si, vem junto a frustração de não entender por que aquilo aconteceu. E o problema maior nem é a ferida — é esse vazio ao redor dela, essa tentativa insistente de dar sentido a algo que simplesmente... aconteceu.

Nessas horas, surgem os porquês. Por que comigo? Por que agora? Por que desse jeito? E, como raramente vem uma resposta imediata, a mente inventa: culpa, castigo, carma, azar. Qualquer teoria serve, contanto que nos dê a ilusão de que existe algum controle.

Mas talvez a coisa mais difícil de aceitar seja justamente essa: que não está sob controle. E que nem tudo precisa de uma explicação agora. Crísipo, um filósofo estoico de dois mil anos atrás, dizia que tudo o que existe está conectado por uma razão maior. Uma espécie de lógica universal que organiza o caos, mesmo quando ele parece gratuito. A gente sofre porque quer que tudo faça sentido já, na hora. Mas, às vezes, o sentido vem depois. Ou nunca vem — e, ainda assim, a vida segue.

Olhar para trás costuma ajudar. Tem coisa que doeu tanto lá atrás e que hoje faz parte de quem a gente é. Tem ausências que ensinaram mais do que qualquer presença. Tem silêncio que salvou. Tem recomeço que parecia fim. O que Crísipo propunha não era se conformar com tudo. Era aprender a caminhar com o que é, mesmo quando o que é ainda não faz sentido. Aceitar a dor sem transformá-la em inimigo. Entender que, dentro de um universo que respira há bilhões de anos, é bem provável que algumas dores ainda estejam se ajeitando no tempo.

No fundo, é isso: nem tudo o que acontece tem que ser compreendido de imediato. E tudo bem se, por enquanto, ainda parecer solto, desconexo. Às vezes, o que hoje parece fora do lugar... é só uma peça que ainda não se encaixou.


@enricopierroofc


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