QUEIMA DE ARQUIVO: MILICIANO QUE INVADIU HOSPITAL NO RIO É EXECUTADO
Criminoso identificado como coordenador da invasão foi morto a tiros em Paciência, Zona Oeste do Rio
| Foto: divulgação / Policia Civil RJ |
O miliciano Erlan Oliveira de Araújo, conhecido como “Orelha”, apontado como o homem que coordenou a invasão ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na madrugada da última quinta-feira (18), foi encontrado morto a tiros na noite desta sexta-feira (19), em Paciência, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, ao lado do corpo havia um colete da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), que atua justamente no combate às milícias.
A principal linha de investigação é de que a morte tenha sido uma queima de arquivo, motivada pela grande repercussão do caso e pelo receio de que a polícia avançasse sobre o grupo responsável pelo ataque ao hospital. Erlan já estava identificado desde o dia da invasão e vinha sendo monitorado pela DRE da Baixada Fluminense, que localizou o corpo.
Embora não estivesse confirmado dentro do hospital, Erlan era investigado como mandante da tentativa de homicídio contra Lucas Fernandes de Sousa, o “Japa”, ex-militar do Exército e também ligado à milícia, que havia sido baleado e estava internado na unidade.
Na madrugada de quinta, oito criminosos encapuzados, portando fuzis e pistolas, invadiram o Hospital Pedro II à procura de “Japa”. Os seguranças foram rendidos e os invasores chegaram até o centro cirúrgico, mas o alvo já havia sido transferido para a enfermaria. A ação provocou pânico entre pacientes e profissionais de saúde, interrompendo o funcionamento da unidade.
| Divulgação / Policia civil RJ |
Lucas, morador de Paciência, tem histórico de atuação em milícia e chegou a ser preso em 2019, acusado de extorquir comerciantes e explorar serviços clandestinos. Atualmente cumpre pena em liberdade condicional. Erlan, por sua vez, já havia sido detido em 2017 com armas e equipamentos usados em atividades criminosas.
O caso expõe novamente a força das milícias na Zona Oeste e o impacto direto dessas organizações criminosas na rotina da população carioca. A morte de Erlan deve acirrar disputas internas e aumentar o clima de tensão na região.
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