RODOVIÁRIOS DE SÃO GONÇALO ENTRAM EM ESTADO DE GREVE APÓS FALTA DE ACORDO SALARIAL
Categoria pede reajuste de 15% e critica aumento da passagem para R$ 5,94 nos próximos dias
Em assembleia realizada nesta quarta-feira (24), os rodoviários de São Gonçalo decidiram entrar em estado de greve. A medida foi aprovada após a ausência de propostas de reajuste salarial por parte das empresas municipais de ônibus, segundo informou o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac).
O movimento acontece em meio à polêmica decisão da Prefeitura de São Gonçalo, que determinou o aumento da passagem de R$ 3,95 para R$ 5,94, previsto para os próximos dias.
Durante as reuniões, que integram uma série de assembleias para definir a pauta de reivindicações no Leste Fluminense, os trabalhadores aprovaram as seguintes exigências: reajuste salarial de 15%, cesta básica de R$ 600,00 e o fim da circulação de dinheiro em espécie nos coletivos, com a adoção de um sistema de cobrança inteligente que aceite PIX e cartões bancários. A última assembleia será realizada nesta quinta-feira (25), em Niterói. A data-base da categoria é 1º de novembro.
O sindicato também alertou para a grave redução no sistema de transporte do município. Nos últimos oito anos, São Gonçalo perdeu 43% da frota de ônibus, caindo de 674 veículos para apenas 384. O setor de trabalho também foi afetado: em 2022 havia 7.147 rodoviários com carteira assinada; hoje são 5.736, uma queda de 1.411 empregos, o que representa cerca de 19,7%.
Ainda no início de setembro, o Sintronac havia enviado ofícios à Prefeitura e à Secretaria de Transportes de São Gonçalo, além do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e à juíza Larissa Pinheiro Schueler Pascoal, da 8ª Vara Cível de São Gonçalo — a mesma que determinou o reajuste tarifário.
Comentários