JOVEM É PRESA APÓS RECONHECIMENTO POR FOTO E DEFESA, NAMORADO E FAMILIARES DIZEM QUE ELA É INOCENTE

Jovem foi identificada por imagem retirada das redes sociais e levada a Bangu mesmo com provas de que estava em casa

Foto: arquivo pessoal 

Familiares dizem que jovem foi acusada e presa por engano.

Rayane Carla Rodrigues de Oliveira, de 22 anos, foi presa há oito dias enquanto jantava com o namorado na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro. A jovem, que trabalha com carteira assinada em uma loja de shopping em Del Castilho, foi surpreendida por policiais que cumpriram um mandado de prisão expedido por um roubo ocorrido em maio, em uma farmácia no Méier.

Segundo a defesa, a prisão de Rayane se baseia apenas em um reconhecimento fotográfico, feito a partir de uma imagem retirada de suas redes sociais — diferente das demais suspeitas, que foram reconhecidas por fotos 3x4 de documentos oficiais.

O namorado da jovem afirma que ela estava em casa no dia do crime e que há provas que confirmam sua presença na residência, como registros de mensagens e câmeras do condomínio. Mesmo assim, Rayane foi transferida para o presídio de Bangu nesta quinta-feira (23).

O advogado da jovem entrou com pedido de revogação da prisão, alegando que o reconhecimento irregular viola normas recentes. Uma lei estadual de 2023 e decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) proíbem prisões baseadas exclusivamente em reconhecimento fotográfico, sem outras provas que sustentem a acusação.

O caso reacende o debate sobre o uso de fotos de redes sociais em investigações e o risco de erros judiciais que afetam cidadãos inocentes, especialmente em um sistema que ainda sofre com falhas no processo de identificação e desigualdade no acesso à defesa.

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