OPERAÇÃO POLICIAL DEIXA AO MENOS 128 MORTOS NA OPERAÇÃO MAIS LETAL DA HISTORIA DO ESTADO
Complexo da Penha vive tragédia sem precedentes após ação das forças de segurança; IML é fechado para receber corpos das vítimas.
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| Foto: reprodução |
Maior operação policial da história do Rio já soma 128 mortos e dezenas de corpos levados à Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
A operação policial realizada no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, entrou para a história como a mais letal já registrada no estado. Ao menos 128 pessoas foram mortas desde o início da ação, segundo levantamentos feitos até a manhã desta quarta-feira (29).
Moradores relataram uma madrugada de terror e desespero. Mais de 60 corpos foram levados para a Praça São Lucas, onde familiares se reuniram para tentar reconhecer parentes desaparecidos. De acordo com repórteres que estiveram no local, pelo menos 65 corpos foram contados à medida que eram trazidos da região, muitos deles localizados em uma área de mata na Serra da Misericórdia.
Durante a madrugada, seis vítimas foram deixadas na porta do Hospital Getúlio Vargas, no mesmo bairro. O hospital também recebeu feridos da operação, mas até o momento não divulgou informações sobre o estado de saúde dos sobreviventes.
A retirada dos corpos está sendo feita por equipes da Defesa Civil e bombeiros militares, utilizando rabecões. Segundo relatos, nenhum policial estava presente durante a remoção dos mortos. O Instituto Médico Legal (IML) foi fechado exclusivamente para receber os corpos das vítimas da operação, e todos os demais casos serão direcionados para o IML de Niterói.
Familiares das vítimas começaram a chegar à sede do Detran, ao lado do IML, onde passam por triagem e reconhecimento. Representantes da Defensoria Pública e da Rede de Atenção a Pessoas Afetadas pela Violência de Estado (Raave) estão no local para oferecer apoio jurídico e psicológico.
Imagens gravadas por moradores durante a noite mostram diversos corpos espalhados dentro da mata. A maioria dos mortos estava com roupas camufladas, o que indica que os homens mortos estavam preparados para um cconfronto.
A tragédia no Complexo da Penha reacende o debate sobre a violência urbana e o uso da força policial em comunidades do Rio de Janeiro, num cenário que mais uma vez expõe a gravidade da crise de segurança pública no estado.
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