GREVE DOS CAMINHONEIROS FRACASSA E MOVIMENTO DESABA POR FALTA DE APOIO NACIONAL

Divisão interna e medo de manipulação política esvaziam paralisação anunciada para o dia 4

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Sem adesão nas estradas, paralisação fracassa e revela temor da categoria de uso político do movimento.

A greve dos caminhoneiros anunciada para esta quinta-feira (4) simplesmente não aconteceu. O que foi apresentado por algumas lideranças como um possível ato nacional amanheceu como um movimento esvaziado, sem bloqueios, sem manifestações e sem qualquer impacto nas principais rodovias brasileiras.

Desde cedo, equipes de fiscalização acompanharam o fluxo nas BRs. Em todos os estados, o cenário foi o mesmo: tráfego livre, caminhões circulando normalmente e nenhuma alteração que indicasse adesão à paralisação. Transportadoras e autônomos seguiram trabalhando, e o abastecimento não sofreu qualquer interferência.

A avaliação dentro da própria categoria é de que o fracasso reflete um ambiente marcado por medo de envolvimento político. Muitos caminhoneiros preferiram não participar por receio de que pautas legítimas — como valores do frete, condições de trabalho e custos operacionais — fossem usadas para alimentar disputas partidárias ou agendas externas ao setor.

Além disso, a falta de consenso entre lideranças e a ausência de reivindicações unificadas dificultaram qualquer tentativa de mobilização real. Em grupos de WhatsApp e redes sociais, a frustração apareceu cedo: vídeos que prometiam milhares de caminhões parados foram desmentidos por imagens das estradas completamente vazias de protestos.

Mesmo com monitoramento contínuo de órgãos de segurança, o saldo até o momento é definitivo: a greve não aconteceu. O movimento anunciado como uma nova mobilização nacional terminou reduzido a debates digitais, sem eco nas rodovias.

Enquanto isso, o país segue sua rotina sem impactos no transporte de cargas — e a categoria, mais uma vez, expõe a divisão interna e a resistência a qualquer movimento que possa ser confundido com palanque político.