Ressaca: As águas invadiram as ruas de Itaipuaçu, devido as fortes ondas, vindas do mar. Foto: reprodução / redes sociais A ressaca que atinge o litoral do Estado do Rio desde a manhã desta quinta-feira, 16, e provocou a invasão das águas em ruas de Itaipuaçu, em Maricá, na Região dos Lagos. A força das ondas arrastou caçambas de lixo e assustou quem passava pela orla. Nas redes sociais, moradores postaram vídeos mostrando trechos de vias com água e outros em que foram formadas "cachoeiras". O asfalto ficou coberto de areia. Segundo a Marinha do Brasil, a ressaca no litoral, fluminense, deverá permanecer até o próximo sábado, 18. O corpo de bombeiros, alerta para que as pessoas não se aproximem do mar durante este período.
FAMÍLIAS SÃO DESPEJADAS DE CONDOMÍNIO QUE ESTAVA ABANDONADO NO ANAIA
Centenas de famílias foram notificadas para desocupar um condomínio abandonado no bairro Anaia, em São Gonçalo. Os preparativos para a desocupação tiveram início na quinta-feira (18) com uma ação de sondagem realizada pela Polícia Militar. A desocupação efetiva ocorreu na manhã desta sexta-feira (19), com a presença da Polícia Federal, Polícia Civil, Tropa de Choque e oficiais de justiça.
Cerca de 2 mil pessoas desabrigadas, que foram afetadas por uma tempestade no início deste ano e precisaram deixar suas casas, estavam vivendo no local. Aproximadamente 500 famílias ocuparam apartamentos de um residencial abandonado do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida".
Segundo os ocupantes, a notificação para desocupação foi recebida no início do mês. Muitas famílias começaram a deixar o local desde então. Porém, algumas ainda não têm para onde ir e optaram por permanecer nos apartamentos.
Claudinea Rodrigues, presidente da Associação de Moradores do Anaia, afirma que o condomínio está abandonado há cerca de sete anos e que as pessoas que invadiram o local estavam dispostas a negociar com a Caixa Econômica Federal para pagar pelos imóveis, mas o banco não aceitou.
"A situação é muito difícil, porque não estou acostumada a lidar com tantas pessoas. Quem está aqui são pessoas de outras comunidades que começaram a entrar há cerca de três meses. Para mim, hoje é muito triste, porque eles vão sair daqui para ficar temporariamente em igrejas e depois não terão onde morar. Eu vou para a minha casa em breve, mas para onde eles vão?", desabafa Claudinea.
O advogado Alessandro Diniz, representante dos moradores, argumenta que houve violação dos direitos humanos na remoção das famílias, pois, conforme a Constituição Federal, a propriedade deve atender à função social e não pode ser deixada abandonada, além de não ter sido concedido um prazo adequado e digno para a realocação das famílias.
"Ninguém aqui queria invadir e ocupar de forma desordenada. Eles me disseram: 'queremos pagar, queremos ser incluídos no programa social'. E nada disso foi considerado. Em vez de ouvir as pessoas, simplesmente deram ordens para retirá-las", afirmou o advogado.
A Prefeitura de São Gonçalo informou que foram abertos três pontos para o cadastramento das famílias afetadas pelas chuvas no início do ano, com equipes trabalhando, inclusive, durante o carnaval. Até o momento, 278 famílias já receberam o Auxílio Habitacional Temporário, e a Defesa Civil realizou 570 interdições. As famílias que ainda não receberam o benefício, estão com pendências na documentação, e a Secretaria de Assistência Social está pronta para auxiliar todas as famílias.
A Caixa, em nota, informou "que o empreendimento Residencial Cidade Verde, contratado no âmbito do Programa MCMV – Recursos FAR, localizado em São Gonçalo (RJ), estava ocupado irregularmente, tendo sido adotadas as medidas judiciais cabíveis para a reintegração de posse das unidades.
O banco acompanhou a reintegração de posse cumprida nesta data pelas autoridades competentes, o que permitirá que seja dado prosseguimento ao processo de retomada das obras para conclusão e entrega aos legítimos beneficiários, de acordo com as regras do Programa."
Centenas de famílias foram notificadas para desocupar um condomínio abandonado no bairro Anaia, em São Gonçalo. Os preparativos para a desocupação tiveram início na quinta-feira (18) com uma ação de sondagem realizada pela Polícia Militar. A desocupação efetiva ocorreu na manhã desta sexta-feira (19), com a presença da Polícia Federal, Polícia Civil, Tropa de Choque e oficiais de justiça.
Cerca de 2 mil pessoas desabrigadas, que foram afetadas por uma tempestade no início deste ano e precisaram deixar suas casas, estavam vivendo no local. Aproximadamente 500 famílias ocuparam apartamentos de um residencial abandonado do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida".
Segundo os ocupantes, a notificação para desocupação foi recebida no início do mês. Muitas famílias começaram a deixar o local desde então. Porém, algumas ainda não têm para onde ir e optaram por permanecer nos apartamentos.
Claudinea Rodrigues, presidente da Associação de Moradores do Anaia, afirma que o condomínio está abandonado há cerca de sete anos e que as pessoas que invadiram o local estavam dispostas a negociar com a Caixa Econômica Federal para pagar pelos imóveis, mas o banco não aceitou.
"A situação é muito difícil, porque não estou acostumada a lidar com tantas pessoas. Quem está aqui são pessoas de outras comunidades que começaram a entrar há cerca de três meses. Para mim, hoje é muito triste, porque eles vão sair daqui para ficar temporariamente em igrejas e depois não terão onde morar. Eu vou para a minha casa em breve, mas para onde eles vão?", desabafa Claudinea.
O advogado Alessandro Diniz, representante dos moradores, argumenta que houve violação dos direitos humanos na remoção das famílias, pois, conforme a Constituição Federal, a propriedade deve atender à função social e não pode ser deixada abandonada, além de não ter sido concedido um prazo adequado e digno para a realocação das famílias.
"Ninguém aqui queria invadir e ocupar de forma desordenada. Eles me disseram: 'queremos pagar, queremos ser incluídos no programa social'. E nada disso foi considerado. Em vez de ouvir as pessoas, simplesmente deram ordens para retirá-las", afirmou o advogado.
A Prefeitura de São Gonçalo informou que foram abertos três pontos para o cadastramento das famílias afetadas pelas chuvas no início do ano, com equipes trabalhando, inclusive, durante o carnaval. Até o momento, 278 famílias já receberam o Auxílio Habitacional Temporário, e a Defesa Civil realizou 570 interdições. As famílias que ainda não receberam o benefício, estão com pendências na documentação, e a Secretaria de Assistência Social está pronta para auxiliar todas as famílias.
A Caixa, em nota, informou "que o empreendimento Residencial Cidade Verde, contratado no âmbito do Programa MCMV – Recursos FAR, localizado em São Gonçalo (RJ), estava ocupado irregularmente, tendo sido adotadas as medidas judiciais cabíveis para a reintegração de posse das unidades.
O banco acompanhou a reintegração de posse cumprida nesta data pelas autoridades competentes, o que permitirá que seja dado prosseguimento ao processo de retomada das obras para conclusão e entrega aos legítimos beneficiários, de acordo com as regras do Programa."
Comentários