Polícia Federal deflagra operação Buzz Bomb com apoio da Marinha.
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Foto: Agência Brasil | Veículos blindados da PF, entraram no Complexo da Penha no Rio de Janeiro. |
A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta segunda-feira (16), um militar da Marinha suspeito de operar drones lança-granadas a serviço de uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro. A prisão preventiva foi realizada no local de trabalho do acusado, cuja identidade não foi revelada, em uma ação que contou com o apoio da Marinha do Brasil, na capital fluminense.
A operação, batizada de Buzz Bomb, também visava cumprir um mandado de prisão preventiva contra o líder da facção, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio. No entanto, o cenário de violência local comprometeu o andamento da ação. Ao serem recebidos com disparos por criminosos, os agentes da PF decidiram interromper a operação após quatro moradores serem feridos por estilhaços de balas, conforme informado pela polícia.
“Para evitar um confronto armado de maiores proporções e preservar a população local, a equipe da deflagração optou por não prosseguir com a ação neste momento”, afirmou a PF em nota oficial.
INVESTIGAÇÃO SOBRE DRONES COMEÇOU APÓS ATAQUE A MILICIANOS
A investigação foi iniciada em fevereiro deste ano, quando criminosos usaram um drone para lançar artefatos explosivos contra milicianos na comunidade Gardênia Azul, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. A partir desse ataque, a PF identificou o militar da Marinha como o operador dos drones, utilizados também para monitorar ações policiais em áreas controladas pela facção, como o Complexo da Penha.
Além da prisão do militar, três mandados de busca e apreensão foram emitidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O Ministério Público Estadual (MPRJ) já denunciou os envolvidos, que agora respondem pelos crimes de organização criminosa e posse de material explosivo, com penas que podem somar até 14 anos de prisão.
A operação Buzz Bomb é resultado de investigações conduzidas pelo Grupo de Investigações Sensíveis (GISE/PF/RJ), com apoio da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ). O nome da operação faz alusão às *Buzz Bombs*, bombas voadoras utilizadas pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, que ficaram conhecidas pelo som característico que produziam enquanto voavam.
Fonte: Agência Brasil
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