Mulher estava presa por suspeita de matar três pessoas com bolo envenenado
Deise Moura dos Anjos, detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi encontrada morta em sua cela na manhã desta quinta-feira (13). Ela era investigada por envenenar três pessoas com um bolo contaminado com arsênio em Torres, no Litoral Norte, além de ser suspeita da morte do sogro, ocorrida em setembro de 2024.
De acordo com a Polícia Penal, Deise foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou que a morte foi causada por asfixia mecânica autoinfligida, indicando um possível suicídio.
As autoridades investigam as circunstâncias da morte. A detenta estava sozinha na cela no momento do ocorrido, e a Polícia Civil, junto ao Instituto-Geral de Perícias (IGP), segue com a apuração dos fatos.
Caso do bolo envenenado
Deise Moura foi presa no dia 5 de janeiro e, inicialmente, levada ao Presídio Estadual Feminino de Torres. No entanto, foi transferida para Guaíba em 6 de fevereiro, por questões de segurança.
O caso ganhou repercussão nacional após sete membros de uma mesma família passarem mal durante um café da tarde, poucos dias antes do Natal. Três mulheres morreram em poucas horas: Tatiana Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Neuza Denize Silva dos Anjos. Outras vítimas, incluindo uma criança de 10 anos, foram hospitalizadas e sobreviveram.
Com a repercussão, a polícia ampliou as investigações e passou a analisar a morte de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, ocorrida em setembro de 2024. Inicialmente, a causa do óbito foi registrada como infecção intestinal, mas exames realizados após a exumação do corpo confirmaram envenenamento por arsênio.
As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os fatos relacionados ao caso.
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