Professores protestam contra mudanças na educação infantil e no EJA
Professores da rede municipal de Niterói paralisaram as atividades nesta segunda-feira (10) em protesto contra mudanças implementadas pela Secretaria de Educação em 2025.
A greve pegou muitos pais e responsáveis de surpresa ao levarem seus filhos às creches. Na Unidade Municipal de Educação Infantil do Fonseca, todos os 15 professores faltaram, segundo a direção da creche. A situação se repetiu em outras escolas de educação infantil que funcionam em tempo integral.
Protesto contra as mudanças
Os docentes criticam as novas regras que alteram o formato de atendimento na educação infantil. Antes, cada turma de 4 e 5 anos contava com um professor e um auxiliar exclusivo. Com a mudança, um mesmo auxiliar terá que atender três turmas diferentes.
As turmas de bebês de 1 e 2 anos também sofreram alterações. O número de alunos por sala aumentou: as turmas de 1 ano passaram de 12 para 16 crianças, e as de 2 anos, de 16 para 20.
Para o Ensino de Jovens e Adultos (EJA), professores denunciam que as turmas com menos de 30 alunos serão fechadas, o que pode prejudicar aqueles que dependem desse modelo de ensino.
Pela manhã, profissionais da educação se reuniram no Centro de Niterói para definir os rumos da paralisação. Segundo uma professora presente, as mudanças representam um "retrocesso" e devem impactar diretamente a qualidade do ensino.
"Esse pacote de mudanças não afeta apenas os professores, mas também as famílias dos trabalhadores de Niterói. A educação infantil funcionava bem, e agora há risco de prejuízos irreparáveis", disse uma das educadoras.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que as alterações seguem regulamentações dos Conselhos Nacional e Municipal de Educação. O órgão ressaltou que as turmas de crianças de 4 e 5 anos continuam abaixo do limite máximo de 24 alunos por professor e garantiu que seguirá dialogando com os profissionais da rede municipal.
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