INGÁ ENFRENTA CRISE, MAS SEGUE IMPONENTE EM NITERÓI
Foto: SpingRV |
Empresa cortou benefícios, extinguiu linhas e quase enfrentou greve, mas continua dominando concessões na cidade.
Em 2024, a empresa de transportes Ingá atravessava uma grave crise financeira, resultando em cortes significativos para seus funcionários. Os motoristas deixaram de receber cestas básicas, e duas linhas operadas pela companhia foram extintas. Além disso, a empresa retirou os ônibus Sereno de todas as rotas, impactando diretamente o transporte público em Niterói.
A situação ficou ainda mais crítica quando a garagem da empresa, localizada no Fonseca, parecia um deserto, um cenário bem diferente dos anos 1980 e 1990, período em que a Ingá construiu um verdadeiro império no município. Diante do atraso nos pagamentos, os funcionários ameaçaram uma greve geral, o que deixaria todas as linhas fora de operação. A empresa tinha um prazo de três dias para regularizar os salários e evitar a paralisação.
Na época, a Ingá responsabilizou a prefeitura pelo atraso nos repasses referentes às gratuidades de idosos e estudantes. Contudo, de maneira inesperada, no último dia do prazo, a empresa quitou os débitos com seus funcionários, evitando a greve que poderia paralisar o transporte na cidade.
Apesar das alegações contínuas de dificuldades financeiras, diferente da Brasília, a Ingá segue como a empresa mais longeva na operação de concessões em Niterói e nunca teve seu império de fato ameaçado.
Reportagem: William C. Simas
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