Mais de 36 Horas de Agonia: Brasileira de Niterói Continua à Beira de Precipício na Indonésia
Família denuncia falta de ação efetiva e cobra uso de helicóptero no resgate de Juliana Marins, desaparecida no vulcão Rinjani
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Foto: reprodução |
Publicitária niteroiense está desaparecida há mais de 36 horas após cair durante trilha em Lombok, na Indonésia
A angústia aumenta a cada hora para a família de Juliana Marins, de 26 anos, que caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, na madrugada de sábado (21). Mais de 36 horas se passaram desde o acidente, e a jovem, natural de Niterói, segue à beira de um precipício, sem resgate confirmado até o momento.
Mariana Marins, irmã de Juliana, denuncia que as informações oficiais divulgadas pelas autoridades indonésias e pela Embaixada do Brasil em Jacarta não correspondem à realidade. Segundo ela, relatos de moradores e pessoas que acompanham a situação no local apontam que nenhum kit de sobrevivência com água, comida ou agasalhos foi entregue à irmã, como foi informado pelas autoridades.
“Conversamos com pessoas que estão na trilha, próximas à área do acidente, e recebemos a informação de que a equipe de resgate ainda não conseguiu chegar até a Juliana. Essa narrativa de que ela recebeu mantimentos não condiz com os relatos locais. Precisamos de informações reais e uma ação urgente”, disse Mariana em entrevista à Folha de S.Paulo.
As buscas chegaram a ser interrompidas no sábado devido ao mau tempo, com forte neblina e terreno escorregadio, dificultando o acesso à região onde Juliana está. Mariana também reforça o apelo para que um helicóptero seja enviado imediatamente, diante da dificuldade da operação por terra e da urgência em garantir a segurança da irmã.
Juliana realizava uma trilha de três dias com duração prevista até este domingo (22), contratada por meio de uma agência de turismo local. Ela está em uma viagem de mochilão pela Ásia desde fevereiro.
O Itamaraty informou que acompanha o caso, mas até agora não há confirmação oficial sobre o envio de apoio aéreo ou sobre a real situação da jovem brasileira. A expectativa é de que as buscas sejam retomadas neste domingo, à medida que as condições climáticas permitirem.
A família, no Brasil, vive momentos de desespero, na esperança de que Juliana seja encontrada com vida e que as autoridades envolvidas no resgate atuem com mais rapidez e transparência.
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