Laudo do IML do Rio não esclarece quando Juliana Marins morreu após queda em trilha na Indonésia

Documento confirma múltiplos traumas, mas não determina o tempo de sobrevivência após acidente

Foto: reprodução


A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de Niterói, morreu em decorrência de múltiplos traumas sofridos durante uma queda na trilha do Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) do Rio, divulgado nesta terça-feira (8), não foi conclusivo quanto ao momento exato da morte da jovem.

O exame cadavérico apontou hemorragia interna causada por lesões em diversos órgãos e politraumatismo, condizentes com um impacto de alta energia cinética — compatível com a queda sofrida por Juliana. O corpo, que foi embalsamado na Indonésia, chegou ao Brasil em 1º de julho e passou por uma segunda autópsia na manhã do dia seguinte. A conclusão da necropsia foi anexada ao processo, que segue sob sigilo.

A ausência de uma resposta definitiva sobre quanto tempo Juliana sobreviveu após a queda se deve, segundo o laudo, às condições do corpo no momento da análise. A primeira autópsia, realizada ainda na Indonésia, estimou uma sobrevida de cerca de 20 minutos, mas não foi possível determinar se o óbito foi causado por uma primeira ou uma possível segunda queda. O laudo brasileiro também estimou que ela resistiu por alguns minutos após o impacto, sem conseguir precisar por quanto tempo.

Juliana, de 26 anos, foi dada como desaparecida no dia 21 de junho, após sofrer uma queda durante a trilha. Ela foi localizada ainda com vida por turistas espanhóis, que registraram imagens e vídeos dela sentada em uma encosta íngreme, demonstrando dificuldade de locomoção e sinais de exaustão.

Equipes de resgate só conseguiram se aproximar da área na segunda-feira (23), mas precisaram acampar devido à falta de visibilidade e às condições climáticas adversas, que também impediram o uso de helicóptero. A confirmação da morte veio no dia seguinte, 24 de junho.

Juliana foi sepultada no dia 4 de julho no Cemitério Parque da Colina, em Niterói. A família, que inicialmente cogitava a cremação, optou pelo sepultamento diante da possibilidade de necessidade futura de exumação, uma vez que as circunstâncias da morte ainda geram dúvidas.

A tragédia mobilizou a opinião pública e autoridades brasileiras e indonésias, levantando questões sobre protocolos de resgate em áreas turísticas e sobre o tempo de resposta em situações de emergência em locais de difícil acesso.

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