ROMÁRIO APAGA VÍNCULOS COM BOLSONARO E É CHAMADO DE "TRAIDOR" POR ALIADOS
Silas Malafaia pressionou senador por apoio ao impeachment de Alexandre de Moraes
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Foto: reprodução |
Senador do PL-RJ rompe silenciosamente com núcleo bolsonarista e causa revolta nas redes da extrema direita
O senador Romário (PL-RJ) apagou de seu perfil no Instagram publicações e registros que o ligavam ao ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ter deixado de segui-lo nas redes sociais. O gesto, identificado por páginas alinhadas ao bolsonarismo até a madrugada desta sexta-feira (8), sinaliza um afastamento cada vez mais evidente entre o ex-jogador e a ala mais radical do partido.
Entre os conteúdos excluídos estavam imagens e vídeos da campanha eleitoral de 2022, quando Romário foi reeleito com apoio explícito de Bolsonaro. A aliança, usada como trunfo político na época, agora parece ter sido abandonada nos bastidores.
O rompimento não foi oficializado, mas a reação entre eleitores e influenciadores bolsonaristas foi imediata. Nas redes, o senador passou a ser chamado de “traidor”, com apoiadores cobrando uma resposta de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e até sugerindo a expulsão de Romário da legenda.
Nos últimos meses, o senador vinha demonstrando desconforto com a radicalização do grupo bolsonarista, especialmente ao evitar apoiar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ausência de apoio causou revolta entre lideranças evangélicas, incluindo o pastor Silas Malafaia, que teria enviado uma mensagem diretamente a Romário cobrando sua postura.
“QUE DECEPÇÃO! Lhe apoiei nas eleições, influenciei evangélicos a votarem em você e agora você se omite nessa hora fundamental da nossa nação. (...) O cara que é corajoso para falar o que pensa se omite diante da vergonhosa perseguição do ditador Alexandre de Moraes”, escreveu Malafaia.
A mensagem, enviada na quarta-feira (6), foi lida por Romário, mas não teve resposta até o momento. A crise evidencia um novo racha dentro do PL, partido que tenta manter unidade em meio às disputas internas e ao cerco judicial que cerca a figura de Bolsonaro.
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