CONFRONTO EM SENADOR CAMARÁ E VILA ALIANÇA TERMINA COM SEIS CRIMINOSOS MORTOS E REGIÃO SOB CLIMA DE GUERRA

 Operação policial no Rio de Janeiro deixa mortos, causa pânico e paralisa serviços públicos

Foto: reprodução / Redes Sociais 


 Seis criminosos morreram em operação contra o TCP em Senador Camará e Vila Aliança; reféns foram libertados e transporte interrompido.

A manhã desta quinta-feira (4) foi marcada por uma operação de grande porte nos bairros de Senador Camará e Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação, que mobilizou unidades da Polícia Militar e da Polícia Civil, teve como foco integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP), apontados como responsáveis por crimes recentes na região.

Durante o confronto, seis criminosos foram mortos após resistirem à abordagem policial. Eles mantinham um pastor e uma criança como reféns em uma casa, mas as vítimas foram libertadas sem ferimentos. A operação também resultou na prisão de dois suspeitos e na apreensão de armamento pesado, incluindo fuzis e pistolas.

A população viveu momentos de terror. Moradores relataram tiroteios intensos desde as primeiras horas da manhã. Ônibus foram incendiados e usados como barricadas, enquanto passageiros de trens precisaram se abrigar dentro dos vagões para escapar dos disparos. A Supervia suspendeu temporariamente o serviço no trecho entre Senador Camará e Augusto Vasconcelos, e diversas linhas de ônibus tiveram seus trajetos desviados.

Na área da educação, escolas e creches acionaram protocolos de segurança, mantendo alunos em áreas internas. Duas escolas estaduais chegaram a fechar totalmente as portas, e unidades de saúde reduziram atendimentos externos.

Um dos episódios mais graves da manhã ocorreu na Vila Aliança, onde criminosos espancaram o cinegrafista André Muzell, do canal Factual RJ, enquanto ele registrava a ação policial. O profissional foi socorrido pela PM e levado ao Hospital Albert Schweitzer, onde segue internado em estado estável.

As forças de segurança afirmaram que a operação mirava Bruno da Silva Loureiro, o “Coronel”, e José Rodrigo Gonçalves Silva, o “Sabão”, chefes do TCP ligados à morte brutal da jovem Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, em agosto. Também recaem sobre “Sabão” suspeitas de envolvimento no ataque a um helicóptero da Polícia Civil em março deste ano, que deixou um copiloto gravemente ferido.

O clima de violência expôs mais uma vez a fragilidade da rotina em comunidades dominadas pelo tráfico, onde a guerra entre facções e as operações policiais já se tornaram parte do cotidiano dos moradores da Zona Oeste.


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