A MÁFIA DO TRANSPORTE NÃO QUER METRÔ EM SÃO GONÇALO NEM EM NITERÓI

Enquanto a população enfrenta longas filas e ônibus sucateados, os empresários seguem impedindo o avanço da Linha 3 do Metrô


São Gonçalo e Niterói formam o maior polo de concentração de trabalhadores dependentes do transporte público em todo o Brasil. Mesmo assim, as duas cidades seguem abandonadas quando o assunto é mobilidade de qualidade. A única ferrovia que cruzava o território foi desativada, e o dinheiro liberado ainda no governo Dilma Rousseff para o início das obras da Linha 3 do Metrô simplesmente desapareceu.

Durante o governo de Sérgio Cabral, as empresas de ônibus atuaram para impedir o início das obras, alegando prejuízos ao setor. Em troca, articularam a construção de um corredor de ônibus no bairro do Fonseca, em Niterói — um projeto caro, mal planejado e que não resolveu nada. A promessa de melhoria virou mais uma farsa que enganou milhares de trabalhadores que dependem diariamente do transporte coletivo.

Agora, em São Gonçalo, a história se repete. Novas obras de corredores de ônibus estão sendo vendidas como “soluções de mobilidade”, mas a verdade é outra: os empresários do transporte continuam travando o metrô. Eles sabem que, com a Linha 3 em funcionamento, o monopólio dos ônibus chegaria ao fim, e com ele, o lucro fácil sustentado por décadas.

Enquanto isso, o povo segue espremido em ônibus velhos, encarando engarrafamentos e filas intermináveis no Terminal João Goulart, em Niterói. São Gonçalo continua isolada, esquecida e refém de um sistema que lucra com o caos.

Está mais do que na hora de a população cobrar com força o que lhe foi prometido. A Linha 3 do Metrô não é um luxo — é uma necessidade urgente.

Por William C. Simas – Jornalista, SpingRV Notícias

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