OPERAÇÃO POLICIAL VOLTA AO COMPLEXO DO CHAPADÃO UM DIA APÓS MORTE DE PASTOR
PM realiza ação para estabilizar a região; 12 escolas e unidade de saúde seguem fechadas
Polícia Militar realiza nova operação no Complexo do Chapadão após morte de pastor atingido em confronto; escolas e posto de saúde estão fechados.
A Polícia Militar voltou a atuar, na manhã desta terça-feira (21), no Complexo do Chapadão, Zona Norte do Rio de Janeiro, um dia após a morte do pastor e pintor Eduardo Oliveira dos Santos, de 45 anos. O homem foi atingido por um disparo durante um confronto entre traficantes e policiais militares, quando voltava de bicicleta para casa.
Segundo moradores, Eduardo era conhecido na comunidade e trabalhava como pintor em uma oficina. Ele decidiu visitar a irmã, que mora com a mãe, e acabou baleado no caminho. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio. O pastor deixa três filhos.
Durante a tarde de segunda-feira, moradores realizaram protestos e chegaram a fechar ruas da comunidade em repúdio à morte de Eduardo. Já nesta terça, a nova operação foi iniciada por equipes do 41º BPM (Irajá), com o objetivo de “estabilizar a região”, segundo nota oficial da corporação.
Vídeos divulgados pela própria PM nas redes sociais mostram barricadas em chamas nas vias internas do complexo. Até o momento, não há informações sobre prisões, apreensões ou novos confrontos.
Por conta da operação, 12 escolas municipais que atendem alunos do Complexo do Chapadão suspenderam as aulas. Uma unidade de saúde da rede municipal também está fechada, mas avalia a reabertura ainda nesta tarde, caso a situação se normalize.
Sobre a morte do pastor, o comando do 41º BPM abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias do caso. A Polícia Civil informou que o registro inicial foi feito na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e será encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que conduz as investigações.
“Diligências estão em andamento para apurar os fatos”, informou a corporação em nota oficial.
O clima permanece tenso na região, e moradores relatam preocupação com a continuidade das operações e os impactos na rotina das comunidades do entorno.
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