PREFEITO DE SÃO JOÃO DE MERITI É RECEBIDO A TIROS DURANTE AÇÃO PARA RETIRADA DE BARRICADAS
Segunda tentativa de desobstrução termina novamente em confronto com criminosos armados
Prefeito e policiais são atacados a tiros durante operação de retirada de barricadas em São João de Meriti; situação se repete pela segunda vez.
O prefeito de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foi recebido a tiros nesta sexta-feira (24) enquanto acompanhava uma operação para retirada de barricadas em uma comunidade da cidade. Ao chegar ao local com agentes do 20º BPM (Mesquita), o grupo foi surpreendido por criminosos armados que abriram fogo contra as equipes.
O prefeito e os policiais precisaram se abrigar e solicitar reforço ao 21º BPM (São João de Meriti), que enviou viaturas para dar apoio à ação. Este foi o segundo ataque armado sofrido pelo prefeito em menos de dois meses durante operações semelhantes.
Apesar da violência, o prefeito reafirmou que as ações de desobstrução continuarão, destacando que a presença do poder público nas ruas é essencial para devolver a circulação e o acesso aos moradores.
Barricadas se multiplicam em várias cidades do Rio
O problema das barricadas vai muito além de São João de Meriti. Cidades como São Gonçalo, Niterói, Duque de Caxias, Belford Roxo e até a capital fluminense enfrentam diariamente a mesma realidade. Em São Gonçalo, o bairro Jardim Catarina é considerado o local com maior número de barricadas do estado, onde policiais do 7º BPM realizam operações constantes para remover os bloqueios — que muitas vezes são recolocados pelos traficantes poucas horas depois.
Esses obstáculos, erguidos por criminosos, impedem a passagem de ambulâncias, caminhões de coleta de lixo, carros de aplicativo e até viaturas dos bombeiros, comprometendo serviços básicos e colocando vidas em risco.
A presença de barricadas tornou-se um dos maiores símbolos da perda de mobilidade e do avanço do controle territorial por facções criminosas no estado do Rio de Janeiro. Enquanto o poder público tenta retomar esses espaços, a população segue refém de um cotidiano marcado por medo e restrições.
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