DEMISSÕES EM MASSA NO INSAÚDE EXPÕEM IMPASSE NA SAÚDE DE SÃO GONÇALO
Funcionários alegam falta de pagamento e cobram solução do município
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| Foto: reprodução |
Mais de 400 demitidos denunciam atrasos, rescisões irregulares e abandono da OS no Pronto-Socorro Central.
O clima esquentou entre trabalhadores do Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde) e a administração pública de São Gonçalo. Mais de 400 funcionários desligados da Organização Social — que atuou no Pronto-Socorro Central — afirmam que foram dispensados sem receber verbas rescisórias, salários atrasados e outros direitos básicos.
As denúncias chegaram à deputada federal Enfermeira Rejane e ao vereador Isaac Ricalde, ambos do PCdoB, durante uma reunião realizada na quinta-feira (27). Nos relatos, surgiram casos de gestantes demitidas sem garantia de estabilidade e reclamações sobre cálculos rescisórios considerados incorretos.
A deputada afirmou que situações como essa se repetem sempre que Organizações Sociais assumem serviços públicos, defendendo a necessidade de concursos para garantir estabilidade e respeito aos profissionais.
Os parlamentares agora aguardam uma reunião com o prefeito Capitão Nelson (PL), solicitando que o município intervenha para tentar destravar o impasse, já que o InSaúde esteve à frente de diferentes unidades da rede municipal.
Em nota, a OS declarou que a crise financeira é “local” e estaria ligada ao modelo de repasses da prefeitura. O instituto afirma que todo o dinheiro enviado pelo município foi aplicado na gestão da unidade, mas que o aumento da estrutura e da demanda teria provocado desequilíbrios. A entidade disse ainda que já enviou à Fundação Municipal de Saúde uma proposta de reequilíbrio orçamentário.
Sobre as demissões, o InSaúde negou irregularidades e declarou que todos os desligamentos ocorreram pelo fim do contrato, com os valores indenizatórios supostamente listados na documentação enviada ao município.
A Prefeitura de São Gonçalo rebateu. Em nota, garantiu que todos os pagamentos previstos em contrato foram quitados e ressaltou que, por serem funcionários celetistas da OS, a responsabilidade pelas rescisões e demais verbas é totalmente da entidade gestora.
Enquanto a versão de cada lado se confronta, centenas de trabalhadores seguem sem respostas — e a crise no sistema de saúde do município continua alimentando preocupações entre servidores e usuários.

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