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O SOM DO SINAL ESCOLAR VAI MUDAR EM NITERÓI A PARTIR DE 2026

Lei municipal proíbe sirenes e campainhas estridentes em escolas públicas e privadas para garantir inclusão e bem-estar.

Foto: divulgação

Campainhas altas e sirenes serão substituídas por alternativas mais suaves nas escolas de Niterói, beneficiando alunos com TEA e toda a comunidade escolar.


“Tá quase na hora o sinal vai bater, e a minha mãezinha contente eu vou ver. Adeus professora para casa eu irei..”

A musiquinha conhecida por muitos adultos de hoje, de diferentes idades era cantada em escolas de todo Brasil. Mas ela passará a perder o significado com os tempos modernos.

O toque alto que assusta, provoca dor de cabeça e prejudica a concentração tem data para deixar de existir. A partir de 2026, escolas públicas e privadas de Niterói estarão proibidas de utilizar sirenes e campainhas de alta intensidade para marcar horários escolares.

A medida foi garantida por lei municipal e tem como foco a proteção de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e pessoas com sensibilidade auditiva, além de promover um ambiente escolar mais acolhedor, inclusivo e saudável para todos.

A Lei nº 4.095/2025, publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (23), estabelece a proibição do uso de sinais sonoros estridentes para indicar início e término das aulas, intervalos e mudanças de atividades na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, abrangendo toda a rede pública e privada de Niterói.

Com o fim do chamado “barulhão”, as unidades de ensino deverão adotar alternativas de baixo impacto sonoro, como músicas suaves ou melodias adequadas ao ambiente escolar, sinais visuais com luzes ou painéis informativos, avisos por sistema interno em volume controlado, além do uso de cronogramas visuais e melhor organização do tempo em sala de aula. A proposta também incentiva a redução do número de sinais e o estímulo à autonomia dos estudantes.

De acordo com o vereador Professor Túlio (Psol), autor do projeto, os sinais tradicionais podem alcançar níveis extremamente elevados de ruído. “Sirenes escolares chegam a atingir entre 95 dBA dentro das salas de aula e até 115 dB em corredores, valores muito acima do recomendado pela Norma Brasileira NBR 10152 e superiores ao limite de 65 dB apontado pela Organização Mundial da Saúde como prejudicial à saúde humana”, argumenta o parlamentar.

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