Moeda norte-americana acumula 11 pregões seguidos de desvalorização, em movimento não visto desde 2005.
O dólar voltou a cair nesta segunda-feira (3), marcando sua 11ª sessão consecutiva de baixa frente ao real. O recuo ocorreu após a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciar um adiamento de um mês na imposição da tarifa de 25% sobre produtos mexicanos pelos Estados Unidos, após um acordo com Donald Trump.
Essa é a mais longa sequência de quedas da moeda norte-americana desde o período entre 24 de março e 13 de abril de 2005, quando o dólar caiu por 14 sessões seguidas, atingindo R$ 2,563.
O acordo entre EUA e México prevê o envio imediato de 10.000 soldados da Guarda Nacional mexicana para reforçar a fronteira, com o objetivo de conter o tráfico de drogas, especialmente de fentanil, uma das principais preocupações do governo Trump.
No sábado, Trump assinou uma ordem determinando tarifas de 25% sobre importações do México e Canadá e de 10% sobre produtos chineses. O mercado teme que o Brasil possa ser afetado em futuras rodadas de sobretaxas.
Cotação do dólar
O dólar à vista recuou 0,34%, fechando em R$ 5,8159, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou a R$ 5,8096. Desde 17 de janeiro, a moeda não teve um único dia de alta, acumulando desvalorização de 5,88% em 2025.
Na B3, o contrato de dólar para março — o mais negociado no mercado brasileiro — registrou queda de 0,57%, cotado a R$ 5,8425 às 17h04.
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