Miliciano usou a jovem como isca e tentou desviar as investigações com dossiê falso
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Foto: reprodução |
A polícia prendeu nesta quarta-feira (19) em Magé, na Baixada Fluminense, o miliciano Ednalvaro Maia Rocha, suspeito de envolvimento na morte da jovem Camille Vitória Monteiro, de 21 anos.
Ele se passava por policial e foi capturado a poucos metros do local onde o corpo da vítima foi encontrado. As investigações revelaram que Maia utilizou Camille como isca para ocultar crimes graves. Para despistar as autoridades, ele deixou um dossiê falso próximo ao corpo da jovem, na tentativa de induzir a polícia a seguir uma linha errada de investigação. Além do homicídio, a polícia descobriu que Maia abusou sexualmente de sua própria filha durante toda a infância e que sua neta também foi vítima dos crimes. Por medo de represálias, tanto a filha quanto a ex-mulher do suspeito estão atualmente sob proteção no programa de testemunhas.
Camille desapareceu em 5 de julho, após sair de casa, em Anchieta, na Zona Norte do Rio, para uma suposta entrevista de emprego no Centro. Dez dias depois, seu corpo foi encontrado em uma área de mata na Rodovia Rio-Magé. Na época, Maia afirmou que queria contratar uma jovem para tirar fotos de uma mulher que supostamente o traía. No entanto, a polícia acredita que esse anúncio foi apenas um pretexto para atrair Camille. Além disso, há indícios de que ele tenha utilizado o crime para tentar localizar sua filha, que o denunciou. O caso segue sob investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Inicialmente, a polícia chegou a pedir a prisão de dois suspeitos – o zelador do clube onde Camille trabalhava e o falso policial Maia –, mas a Justiça negou o pedido. Com novas provas, as autoridades conseguiram finalmente deter o miliciano. As investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do crime e identificar possíveis cúmplices.
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