CORPOS DESAPARECIDOS EM SÃO GONÇALO PODEM TER SIDO REMOVIDOS PARA OUTROS CEMITÉRIOS DO RIO
Moradores denunciam que restos mortais estariam sendo transportados do Cemitério São Miguel para o Caju, levantando suspeitas de irregularidades graves
Gilbert Tavares da Matta, de 42 anos, busca o corpo de sua mãe, a senhora, Jorgina Tavares. | Imagem: Tv Record |
Corpos sumidos no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, podem ter sido levados para outros cemitérios do Rio. Caso segue sendo investigado.
O caso do desaparecimento de restos mortais no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, ganhou novos contornos e pode indicar uma rede ainda maior de irregularidades. Após a denúncia feita pelo pastor Gilbert Tavares da Matta, que descobriu o desaparecimento do corpo da própria mãe meses após o sepultamento, outras vítimas começaram a relatar situações semelhantes.
De acordo com uma dessas vítimas — que preferiu não se identificar — funcionários do cemitério teriam revelado que corpos estavam sendo retirados de gavetas, colocados em sacos pretos com identificação e levados em caminhões para o bairro do Caju, no Rio de Janeiro. A denúncia levanta sérias suspeitas sobre uma possível prática de remoção irregular de corpos sem autorização ou conhecimento dos familiares.
A informação, se confirmada, aponta para um problema ainda mais grave: por que os restos mortais estariam sendo transferidos, se o próprio Cemitério São Miguel deveria manter um ossário geral para onde são destinados corpos exumados legalmente?
A Prefeitura de São Gonçalo informou que já abriu uma sindicância interna para apurar o caso e identificar os possíveis responsáveis. O Ministério Público e a Polícia Civil também acompanham as investigações, que podem ganhar um novo rumo diante dessa revelação.
Com essas novas denúncias, cresce a expectativa por diligências mais detalhadas, como a verificação de câmeras de segurança e registro de entrada e saída de veículos, para confirmar a veracidade dos relatos e identificar os envolvidos em uma possível rede clandestina de remoção de cadáveres.
O caso mobiliza familiares de pessoas sepultadas no local, que agora vivem com medo e incerteza sobre o paradeiro de seus entes queridos. Enquanto isso, o drama do pastor Gilbert e de outras famílias segue sem respostas definitivas, ampliando a revolta e o clamor por justiça.
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