Comerciantes relatam furtos e vandalismo constantes e apontam a falta de rondas da Guarda Municipal. Foto: reprodução Jornaleiros que atuam na Avenida Amaral Peixoto, Rua da Conceição e outras vias do Centro de Niterói denunciam a insegurança crescente no período noturno. Enquanto a prefeitura promove mudanças na disposição das bancas para revitalizar a região, comerciantes temem prejuízos devido à ação de criminosos. Os relatos de furtos e vandalismo são frequentes, e muitos trabalhadores afirmam que a presença da polícia é limitada a viaturas estacionadas ou em circulação esporádica, sem a realização de patrulhas a pé pela Guarda Municipal durante a noite. No caso mais recente, o jornaleiro Romário Silva Souza, de 61 anos, foi vítima de um assalto e acabou agredido ao reagir — e o crime ocorreu durante o dia. Já são mais de oito ocorrências registradas este ano contra bancas de jornais, superando os números do ano passado. A criminalidade não se limita ao Centro. No bairro Barret...
Luiz Paulo Alves Vieira Filho, vai responder pelos crimes.
![]() |
Foto: reprodução / arquivo pessoal. Sem chance de defesa, Julia, de 15 anos, teve a vida brutalmente interrompida. |
A violência contra a mulher no Brasil é um reflexo de uma cultura patriarcal enraizada que perpetua abusos e tragédias. Este tipo de violência não só afeta mulheres adultas, mas também meninas e adolescentes, como evidenciado por um crime hediondo ocorrido recentemente em Piraí, no estado do Rio de Janeiro.
Na última segunda-feira (20), a Polícia Civil de Piraí prendeu Luiz Paulo Alves Vieira Filho, suspeito do assassinato de sua enteada, Júlia Hemanuelly de Faria, de apenas 15 anos. Júlia estava desaparecida desde o dia 13, quando sua mãe foi à 94ª DP para reportar o desaparecimento da filha. Segundo o depoimento da mãe, Júlia tinha o costume diário de sair de casa às 6h50 para ir à escola e retornar por volta das 13h. A última vez que a mãe viu Júlia foi na manhã do dia 13, quando lhe deu um beijo antes de sair para trabalhar.
As investigações preliminares apontaram Luiz Paulo como o principal suspeito. Embora ele negue qualquer envolvimento, imagens de câmeras de segurança mostram que Júlia não saiu de casa naquele dia. Além disso, as filmagens revelaram que Luiz Paulo retornou à residência logo após ter saído para trabalhar, entrou na garagem de marcha ré – um comportamento incomum – e saiu novamente após 30 minutos. Testemunhas relataram à polícia que viram Luiz Paulo carregando um grande volume enrolado em um lençol no banco traseiro de seu carro.
Exames periciais no veículo e na residência revelaram a presença de sangue em um sofá e no carpete do carro, cujas amostras foram enviadas para exame de DNA. Com base nas evidências, foi decretada a prisão temporária de Luiz Paulo, que foi cumprida pela equipe da 94ª DP.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Luiz Paulo por feminicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. Segundo a Promotoria de Justiça de Piraí, o crime ocorreu em fevereiro de 2023. Luiz Paulo esganou Júlia após levar a esposa ao trabalho, supostamente porque a adolescente era contra o relacionamento dele com a mãe. Ele embrulhou o corpo da enteada em um lençol, colocou-o no carro e o desovou em uma área de mata em Quatis. Utilizando o celular de Júlia, Luiz Paulo ainda enviou mensagens para a esposa fingindo ser a menina, alegando que havia ido para o Rio de Janeiro.
A denúncia destaca a crueldade do crime, afirmando que foi cometido de maneira que impossibilitou a defesa da vítima. "O crime ainda foi cometido de modo que tornou impossível a defesa da vítima, eis que foi cometido pelo padrasto da vítima, uma menina de 15 anos, homem de estrutura avantajada contra uma jovem adolescente sem qualquer chance. Por fim, o crime foi cometido por feminicídio, eis que praticado contra a mulher, no seio familiar, em razão do próprio sexo dela", diz a denúncia.
A brutalidade do assassinato chocou toda a Região Sul Fluminense. O promotor de Justiça Marcelo Airoso ressaltou a frieza do assassino, que se passou pela menina através de mensagens, tranquilizando a mãe enquanto ocultava o corpo. A autoria foi descoberta quando Luiz Paulo indicou o local onde havia deixado a ossada de Júlia. "Se ele não dissesse onde estava a ossada, dificilmente alguém ia achar porque, conforme ele mesmo falou, só tinha osso. Uma vez achada a ossada, depois feito o exame da arcada dentária, verificou-se que era mesmo da menina", explicou Airoso.
Este caso destaca a urgência de enfrentar a violência contra a mulher em todas as suas formas e de promover uma cultura de respeito e igualdade. O site SpingRV expressa profundo pesar pela tragédia que vitimou Júlia Hemanuelly de Faria, uma jovem com um futuro interrompido brutalmente.
SpingRV Noticias: Niterói, São Gonçalo, Rio de Janeiro
Comentários